Este estudo explora a relação entre o ozono (O3) e o dióxido de azoto (NO2) no ar urbano, utilizando os dados de Lisboa de 2016-2022. Examina o aumento do O3 apesar da diminuição do NO2, particularmente durante os confinamentos da COVID-19. Os resultados revelam um equilíbrio complexo na formação de O3, sugerindo que as reduções drásticas das emissões de NO2 não aumentam proporcionalmente o O3 à escala regional. Comentamos os paralelismos entre as drásticas alterações atmosféricas urbanas provocadas pela COVID-19 e as suas possíveis relações com a transição energética e a passagem para uma frota totalmente eléctrica. Esta apresentação também aborda o potencial da IoT e dos sensores de baixo custo em relação aos sistemas tradicionais.
AUTOR
Angelo Soares
NOTA BIOGRÁFICA
Angelo Soares é Mestre em Engenharia da Energia e Ambiente e atualmente doutorando em Sistemas Sustentáveis de Energia na FCUL através de uma bolsa da FCT. Este percurso académico começou com o desenvolvimento de um protótipo de baixo custo para monitorização da qualidade do ar, no âmbito da sua tese de mestrado. Desde então, tem aplicado data science no estudo do ozono troposférico em Lisboa e como a transição energética o irá afetar, bem como na criação de um indicador de mobilidade sustentável que contabilize este poluente.