A Direção Municipal de Habitação e Desenvolvimento Local (DMHDL) e o Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) associaram-se ao Laboratório de Dados Urbanos de Lisboa (LxDataLab), para o lançamento de dois novos desafios, respetivamente: “Os desafios do acesso à habitação no concelho de Lisboa: uma análise holística na construção de novos indicadores” e “Riscos no Transporte Ferroviário de Matérias Perigosas e impactos na cidade de Lisboa”.
O stand da Câmara Municipal de Lisboa na Portugal Smart Cities Summit acolheu dois momentos dessa preparação: uma mesa-redonda, com especialistas das universidades e representantes da DMHDL e uma reunião de trabalho com os responsáveis do SMPC.
O evento mesa-redonda teve lugar na quarta-feira, 9 de outubro. Os participantes deram os seus contributos para o desafio em preparação pela DMHDL, cujo objetivo é a construção de novos indicadores relativos à acessibilidade económica à habitação no concelho de Lisboa. Estes permitirão monitorizar e avaliar as medidas implementadas pelo Município de Lisboa na área da habitação.
Para além das representantes da DMHDL, estiveram presentes professores e investigadores das seguintes instituições: FAUL (Prof. Ana Pinho), ICS (Prof. Alda Azevedo), ISCTE IUL (Prof. Sandra Marques Pereira), ISEG (Prof. Carlos Costa), IST (Prof. Joana Mourão), e Nova FCSH (Prof. Gonçalo Antunes). Discutiu-se o contributo que o LxDataLab pode dar para um entendimento mais aprofundado da temática; as possíveis abordagens para a caracterização dos agregados com dificuldades no acesso à habitação e o papel da escala metropolitana no domínio da habitação, integrando aspetos como a mobilidade e a acessibilidade.
A reunião de trabalho contou com representantes do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), para definição da problemática, objetivos e dados necessários ao desafio em preparação. Através dele, o SMPC pretende suportar-se no conhecimento detido pelas universidades para planear uma resposta mais eficaz à emergência associada aos riscos no transporte ferroviário de matérias perigosas. Com recurso a tecnologias de simulação, poderão ser criados cenários de ocorrência catástrofe e respetivos impactes na cidade de Lisboa. Tal permitirá prever zonas mais afetadas (cuja evacuação é importante preparar) e zonas não afetadas (preferenciais pontos de encontro e zonas de apoio à população).
Em breve pretendemos abrir, também, a discussão à academia, por forma a criar um desafio robusto e aliciante para alunos e investigadores e cujos resultados contribuam de forma significativa para uma melhor resposta por parte do município, numa eventual situação de emergência associada a este tipo de risco.
Fique atento: em breve estes desafios estarão disponíveis aqui